12 de abr. de 2007

19 9 9 passo aqu i de banda como a boiada

amar maneira de andar
tant de formes nous volons haut !!
guerras e amores
- alto la, os erros sont indéfinissables !

a vida tem charme
bicicleta & nariz sem freio
Si charme, nez
la bicyclette elle c est fait volée...

- que fais-je ? me dis - avec les vols, les guerres, les tempêtes... sem umasinha de vez em quando !

vocêmagicadoida
tipo indi o do verbo doer
& diria...
magiccrazy genre indien verbo douleur
- tentando conjugar un verbo que nao existe... je me fait mal me duele!

o sindico
depois desse amor
anda apagando luzes
et marche tête haute
sérieux!

ja é bem tarde
meia-noite talvez
o mar vem até minha janela
jogo flores no mar et
le baton rose posé sur
les tiennes te rends infiniment
labiale... & quem come quem ?

toi comme ça
como amanha lua & poema dedans
ainsi tout sera sous le ciel
lua cheia olhon-oo-lho dentro

meu pezinho de fulô
mucho ficou
butô muita fulô
como amô derramado
cet arbre à fleur
est un mensonge !
nesta noite
là fora aboie...

regardant o céu
imenso, poderoso,
vejo l_eau couler sur la vitre:
inverno!

sur la place
au pied du châtaigner
os homens descansam conversam...
embaixo do pé de castanha-do-para
os homens se reposent parlent
puisque la nuit
ni chocolat ni prière
au pied du châtaigner

je suis ces oiseaux
qui rodent tua casa
moins qu eux
je suis l impression qu ils existent
moins encore
imagination sur l_impression d oiseau

na verdade
je suis oiseau
com impressao de passaro !


l ironie éveille mon illusion
- exister c est être et jouer!
... acorda ilusao, dis un autre,
existir é estar quieto amanha!

lua
silenciosamaodesvendavidadebaixoda
luzdanua
ou, si on veut :
à la lune
mainsilencieuseadvinhavida
souslobscurdelanue

nada pior
que o amor que parte
como é chato d i s c o t e c a
qualquer dia eu vou pra marte
que vontade de montar a
cava l o

hier
asa de gaviao noturna vinda, depois oiseau du jour agora... amanha ave diurna inda dormindo

suavemente so
tudo in d o tout s en vai
doce seiva... caçoada !
suave & seul & sève & rigolada.

o amor anda brotando
labios em mim

o poema um enigma advinha na luz
o planeta corpo amar toda cor
morder como carne
poème énigme lumière couleurs
carne, sem verbo ?

so ando voando
se mouvoir,
se maintenir en l_air
au moyen d_ailes

as vezes
caso ao acaso
so da bode de vez em quando
et ...
assim assado
voir ailleurs au hasard ne donne bouc
que de temps à autres... pros outros !
tu me serres
si lisse et tendre
ondulada e colorida em dia diamante
la fora o galo
colorindo a vida à unha e pena
en portugais em francês
dehors le coq colore la vie à ongles e plumas

!
o infinito é la longe
là bas loin après les grottes du jebe-jebe

no quarto duas crianças
sem risco nem rabisco
ni trait ni barbouillages
beliscando par ci par là
sans être exact !

na praça a vida faz roda vai-e-mev
alguém pula bem de tardezinha faz roda a vida mev-e-vai
o coraçao saute
sur la place la vie fait ronde va-et-tneiv
quelqu_un saute fin d_après-midi fait ronde la vie tneiv-et-va le coeur pula
esta sombra
donne lumière à duvida !

l amour gros monstreremplit
o coraçao parfois coule doucement
ou dolorido ou bicho papao parfois molemente ou amor ceci, amor cela !

a flor espera no mato
mais um ato*
* la fleur attend et tera, je le crois !

accosté à un poteau
près du troisième coin de rue
um bicho no poste
chorando as maos para o céu
une image bête d_homme !!

luz essa saudade comprida nunca mais acaba
abaca siam acnun adirpmoc edaduas asse zul
...cette saudade allongée n en finit plus de luz!

fatalmente todos esses édificios cairao
dai as minhocas terao acesso livre
aos escombros ombros rins espiritos
puisque dormir é uma viagem
ou la poesie est acces libre
aux murs aux epaules aux reins aux esprits
& dormir est une image !

um enigma crie
esperneia
dans les yeux se
cache !
e quando olho
quêde, cadê ?

maos e cores sobre as dores
encore tôt brosse l ame
e vai a pe decouvrir tesouros
marchant tesouros decouvre

na sombra rei sem rumo

feliz da vida
tiro essa roupa grande
e
amo como passarinho
nas manhas de domingo
et tout et tout
et chante piu piu

monte santo
pedra reza riso onde o vento faz a curva
et ça monte & le vent va !!

calo agora
que a hora é tarde
que é doce é descida
agora quase presente
et après puisqu il est tard et le présent
arrive, calafrio !!

si sol là...
et a seda ritualiza o segredo !

se houvesse luz
sobre as pétalas do individuo
as sombrancelhas seriam coloridas
e nossa relaçao com as borboletas
seria diferente
s il y avait luz
sur les pétales de l individu
les surcils seraient colorees
et notre rapport aux papillon
serait autre, carrement !


a rua esta quieta
a mulher esta quieta
o homem arranca uma erva
esta quieta o amor inquieto
a colheita se ritualiza
la rue est tranquille
la femme est là zen elle aussi
l homme arrache une herbe
tout est tranquile o amor pero !

a porta e s t a aberta un peu pas en place,
mai s. . . tien bien
traduzindo parfois nos perdemos

v i t r i ne é t eu poema
é o espel ho br i ncando sozi nho
c o m t u a c a r a
b or dando mi nha boc a. . .
u ne gl ace à j ouer seul e !
v itrine où les choses se passent passando

aposfacio
por quê essa idéia me veio... todos esses poeminhas juntos ? pourquoi je les appelle «1999 passo aqui de banda como a boiada»? francês,
portugais... é como se me perguntasse - por
que j’y suis ? ...tant pis ja estou ! a
primeira vez nao conta diriam berta e milan
kundera ! simples, tudo parece tao simples!
je crois que je le fait parce que quasi tout ce qui n a
du sens qu en soi m interesse as vezes durmo tarde e acordo cedo et rien n appartien plus a la phrase
interieur. J ai commence tout ça, il y a de
ça des années lumière - como quase tudo que
vivo ou imagino. tudo parece tao rapido e
tao distante, tao irrecuperavel.
un jour les choses on bascule : des mondes
a priori etranger se sont mis la en face et
ont esseye d enlever le donc. nao foi facil
mas interessante. agora o problema e que
sem o donc entre e o mundo et eu, tudo virou
visceral, trop proche e cette impression
d inseparable m impressionne, me passione.
tudo parece tao inevitavel !
ils ne se trouvent ensembles que par hasard
et pourtant eles nasceram quase todos
durante um curto periodo de tempo na forma
atual; et hoje et 1999 et o tempo un si beau
seigneur autant que le visage de palotola &
bebela, diriam sisi et eu !!
gostaria de por aqui nessa pagina tudo que
encontrei no mundo : forma, cor e fantasia.
couleur donc lumière. j’ai essayé du pense
j’existe mesmo durante o banho. mais uma vez
tirei o donc do meio, pois parecia separar-me
de mim. tentei o mesmo salto e vi deuses e
diabos, tantos... enquanto minha imaginaçao
imaginava, eu me espreguiçava e esse ritmo
estava quase sempre de acordo comigo. l’éloge
de la paresse - tato tudo isso com carinho !
uma so explicaçao pra tudo et aqui do lado essa
importante advertencia - nao sei se quero ser
desse jeito definitivamente ! tout e comme
ça, tout sera comme demain ! et ça les arrive
qu ils se dispute entre eux... ah les petits
poèmes comme ils sont naifs. pobrezinhos,
porque nao ficam la dentro da paisagem, sem
querer ser nem mais nem menos - se me dizem
que nao querem ser definitivos, pois nada os
obriga !! rien, absolument rien !!
de onde vem essa historia de paisagem ? ah !
ça c’est une toute autre histoire, et c est
drole pois il y avait une liaison entre tout
ça. heureusement d’ailleurs, puisqu ils ont
eu, j avais oublie, l idee de venir ensembles.
tava com essa ideia fixa de pegar as coisas,
os sentimentos - la couleur, la forme et la
fantaisie - et les figer, juste un petit
morceau - ilusao. mais les illusions, plus je
m’aproche d’elles mais elas sao reais !

si apres tout ça, on se demande encore, c est
qu il faut d abord lire les poemes !! agora,
si depois de ler os poemas, ainda se pergunta,
tem que voltar ao aposfacio ! et comme ça
juste a ce que tu te fatigue et nesse caso
deixa cair ! tout ça c’est sans le moindre
envie d influenciar quiconque à qualquer
coisa !!

29 de mar. de 2007

circo de pequena paragem

careta

sou careta
e te olho assim de lado
com certo receio

a noite toda te vejo cheia
existindo como alma
como pena

sou careta como cha
como biscoito
como geleia de pêssego
e você é tudo isso
como coisa que enche barriga
e descansa
descansa de parir, de botar pra fora !

sou careta
pra que sonhe comigo outro
que eu nao seja
que nao desgaste
que talvez nem sonhe

sou careta como peso leve
é uma espécie de meio existir desistindo
com uma coragem doida
das que rasga a vida inteira
e joga pela porta dos fundos
como um parir
que é penetrar inteiro pra fora
de minha propria referência

sou careta pela falta de beijo
em tua boca lua
de tantas formas, faces, batons
e intrigo
como bicho que impaca
e casto careta que me concebo
torno a doer !


confissao

te nho receio
de deitar sempre assim
onde o seu branco
recebe a cor dos meus uis

tenho receio
desse cochicho baixo
sem do, dizendo ais

tenho receio
que tudo seja outra forma
como nada

com as maos

esse teu cheiro em tudo
como um crime
invadindo a casa, ameaçando !

esse teu cheiro
forma olveolada
que puxando os cabelos me denuncio
que com as maos tento e perco

esse teu cheiro apressado
jogando as roupas
como um louco faz
me deixando sem respostas, sem defesas

esse teu cheiro
segredo de nos dois
que você nao sabe, nem poderia
segredo que é meu e minha loucura

esse teu cheiro escrevendo linhas, mapas
cartas geograficas
que tato vou e nem sei o que procuro

esse teu cheiro vidro
dando a sensaçao de transparencia
eu olho-tato inteiro
pura ilusao

esse teu cheiro ja calmo
depois de atravessado o rio
dizendo que o amor e a loucura
precisam de paz !!

decifrando

descortina-se o amarelo pardo
do amor ja gasto
cada um pensa o seu

o amarelo do amor
é amor direito
sem tratamento
nao amor lampiao
de briga e luz
de espada veu lua chuva
amor do mato
cheio de falta de quinhao

amor verde loiro ( bandeira ! )
mas quem diria
desse amor plastico, transparente
nesse mar dessa cor !

à toa

tem alguém ai batendo à porta
porta estreita, aberta !

tem alguém ai
que bate divertindo
um bater desmedido
contra o tempo

bate o dente bate
faz tanto frio e grita
dado tempo
as portas nao mais serao

bate por aceleraçao
pressa medo
e devesse nao bater
ainda assim bateria

bate esconde
igual menina feito saci
sem consulta sem coraçao

bate e as horas
todo esse caminho
as folhas brancas
tanta confissao

bate porque corre
corre odniv
rindo à toa !!

concha

fiz um poema
onde tive coragem
joguei fora as roupas, dansei, dansei

um poema onde ouvia musica
e via uma estatua
de carne, de metal

um poema todo medido
nota por nota
fio por pavio
fiz mais tantos poemas

um poema, un xote
eu cavaleiro e onde os cavalos ?

fiz se deveria
fez-se
à feiçao de madre pérola
sem pronunciar substantivo
o poema !

pra começo de assunto

precisamos nao dizer os poemas
eles estao cansados
guardemos os poemas no fundo do mar

precisamos eternizar os poemas
comendo os poemas
palavra por palavra
silaba por silaba
letra por letra

poemas sem virgulas
sem pontos

morte do vaqueiro bento

os sapos estao quietos
na lagoa do barro !!

um grito rouco atravessa o matagal
segue estrada
e ca entre nos
alguma coisa nao vai bem !

os passaros da noite
hoje estao em sentinela
nao ha dor nem magoa
apenas quatro tabuas cobertas de roxo
fazem o cenario

deus nao tem nada a ver com isso !

no quarto da casa grande
desliza da janela a vida inteira

o menino bem pequeno
vem trazendo agua
mas ela chegou primeiro

apenas um corpo ampara outro corpo
com calma e bondade

o grito chega e diz aos homens
ca da cidade
que tudo isso passa
passa ligeiro
debaixo daquele roxo
a agua nao se aproveita

um ar de rosas vem colorir de dor e falta
a sala grande de redes e tamburetes
os homens estao sentados inquietos
as mulheres reviram o terço
e a noite caminha num bater de labio
que nao é reza, nem é cantiga !

depois da noite ja ida
o sol ja vendo esse mundo
outro irmao faz vagaroso
a reforma tao prometida
os latifundios estao a salvo

a terra que é do vaqueiro é de ninguém

o espirito encomendado
vai ao encontro dos seus
e a terra mansa, acolhedora
vai recebendo aos poucos
o irmao que é terra
livre das ilusoes

um medo agudo
consome as almas ainda desse mundo
( nem deus sabe até quando )
é um medo tolo, grande
medo de aboio, de quixabeira
de noites escuras !

outros motivos

ha borboletas aqui
as horas estao indo
e nao ha uma unica estaçao
como um diamante

eles nunca mais virao aqui
nunca mais

voam num unico sentido de ir
e assistimos à tudo
tudo é tao impreciso
eles sao nos, nos quem ?

ha um homem imovel do lado de fora
assistindo a tudo
eu o chamo de desumano
e canta a mesma cançao, repete
interminavelmente
tudo parece ser cumplice

esse cheiro vem do vizinho
conheço esse cheiro, quem sera ele ?

ha esse medo, nao ha noite
nem estao pendurados !

as luzes fortes, os avioes à postos
donde vieram todos

ha algo entre minhas pernas
por favor pare com isso
minha alma esta perdida
a alma so, como o sol…

vamos; vamos,
acabe com isso de uma vez
quanto custa jogar as cartas ?

antes da praia

meu coraçao olha
ca do mirante
nao ha ninguém

meu coraçao esta corrompido
entrega-se

meu coraçao
nao tem mais escolha
pelo correio

viestes pelo correio
trazendo um nem sei que de novidade
viestes inteiro ainda que tandos pedaços
por toronto, viaduto do cha
( esse sonho antigo que é ver matéria
despencar ca de cima )

viestes manso e sem aviso
como fosse aviso de vir depois
guardando na lingua
a vontade sede de ver o mar
rir sem conta

viestes novidade, qualquer novidade
mas nao é nada dito de boca
nem por visceras
é a novidade dizendo-se
alheia a tudo
escrevendo de proprio punho
como joao escreve sendo tinta
como a vida move as proprias maos

nao é medo é novidade
cpùp cposa ^pr o,ve,tar
prestes à existir
coisa que posta nas maos causa pânico

coisa que é pura nao puritana
como a irma do joao, o sol, a tempestade
ainda assim
joao sendo papel et tinta, confessa
e comovido como um bêbado
declaro sua inocência

ivana

a boneca de pano mexeu o dedo
a boneca de pano crê e nao crê na matéria

ha um fogo nos olhos
nos outros olhos
que vêem tudo

escuta uma cançao
nada apos a morte
cala como a natureza
dela nao sendo

a boneca de pano
corre pra rua como um louco
porto kimiko

a noite vai nesse rio sem fim

indo pro mar
a lua na beira do rio
terra firme
tao dona de si

ainda assim o dia
sem precisao, a vida

claro, o dia é claro !

antes e depois

joguei o sentimento velho
escada a baixo
para pensar bem pouco
de jeito nenhum

joguei a familia, toda a louça
os domingos, gêlos e gelatinas

joguei para conquistar uma constelaçao
para ver rolando como rolam os corpos
sem sofisticaçao
como rola a vida imprecisa

joguei por querer as maos
aparar a grama
apagar as luzes
fechar a porta !
dimensao

estou vazio, nao sei cantar
fechei todas portas e janelas

como em romance
me pus vigia
- nada entra por esta porta porta fresta
quase coraçao
nada, nem sombra !

o menino pobre de pedir
farto de tudo
meio ja vindo
(diz de si para si )
mas o amor é um continente !
como um recado

volto
nem fui à lugar algum
(nao ha nada la fora)
se ha
deixo tudo ser
como houvesse dois mundos

apenas assisto
com uma paciência angustiada
de quem nao pode ter as rédeas

você chega, entra
la do banheiro escuto um barulho lento
(você tirando a roupa pra cagar)
depois bate alguma coisa
faz caminhos diversos
pra sala de visita

você ai, eu aqui
dois babacas
tentando entender coisas
tentando desfazer os nos
et nos ?

faces

fosse meu amor ideoplastico
na dança
sua roupa seda pele
voaria com minhas maos
( das flores do cobertor te faria presentes )

você rica
(como sempre quis)
veria em mim seu amor verbal
falaria dele
calada gozaria feliz

depois
nosso amor seria discurso
deitariamos à falar
de falar morreria

mas nosso amor morre calado


urgente

como posso amar em copasso
aprendendo
se o amor é louco, apressado
se por medo nao digo
se antes de dar quero
e sofro
se a tanto nao amo por nao saber
e guardo tanta ausência

como posso amar em compasso
aprendendo`se tenho que amar urgente
et sauf qui peut la vie !

as horas

as horas sao sem adjetivos
nao as suas
horas caras, divididas suas horas

sao asas as horas, antes
depois horas quando

por isso fico, as horas vao
inda canto triste
as vezes choro

as horas nao
as horas riem


inda por vir

a saudade tem vindo fazer visitas
saudade de amanha
até depois de horas
horas tao boas
tao sem horas
tao assim

nao precisava essa pressa
tudo mesmo é com mais jeito
paciência
( as maos olham e desatendem o coraçao )

esse caminho é ja percorrido
(meu pais tantos males nos rios, nos coraçoes)

mas você volta
faz carinho de bicho
deita
tira a roupa
(teu amor me aliena)

minha manifestaçao maior
é um grito
é te amar o mundo
durante
to sergio souto

que lingua estranha
canta esta cançao sem palavra
e bate
e meu peito ja nao cabe

que lingua estranha
é voz, instrumento
cabe dentro da mao

desligo
volto pra casa desiludido
nao ha nada
a ilusao se desmancha

a noite diversa nao acredita
como apenas assistisse tudo

que lingua estranha
vem de todos os sons
a dizer coisas de teimosia
crendo e tirando a roupa pra mim

que lingua estranha
diz
nao fala !

piedade

o poema faceiro na piedade
corre atras das mulheres
olha de cima à baixo
por ousadia ou desconhecimento
nao olha ruga
nem dedo
mas sabe quanto custa uma tarde

as vezes nao tira o olho
de dentro do coraçao

e vem com força contra o peito
esperto
trabalha, faz greve
vai à manifestaçoes ecologicas
chora e ri enorme
de deixar queixo caido

mas o poema é finito
diante da poesia, apenas sombra !

26 de mar. de 2007

pra que ser poeta ?? pra quem??? em que posiçao????

é legal ta ligado ao...
mundo mundo vasto mundo
pois me chamo toninho
ja de rimas nem se fala

vamos pondo pondo
quando passarinho
o mundo dos grandes
ovinho, pintinho, nanico !!